segunda-feira, 8 de setembro de 2008

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Santiago Ramón y Cajal (1852 — 1934) foi um importante médico e histologista espanhol, premiado com o Nobel de Medicina de 1906. Os estudos mais famosos de Ramón y Cajal incidiram sobre a estrutura fina do sistema nervoso central. Cajal usou uma técnica de coloração histológica desenvolvida pelo seu contemporâneo Camillo Golgi. Golgi descobriu que conseguia escurecer algumas células cerebrais tratando o tecido do cérebro com uma solução de cromato de prata, concluindo que o tecido nervoso era um retículo contínuo (ou teia) de células interligadas como as que constituíam o sistema circulatório. Usando o método de Golgi, Ramón y Cajal chegou a uma conclusão muito diferente. Postulou que o sistema nervoso é composto por biliões de neurónios distintos e que estas células se encontram polarizadas. Cajal sugeriu que os neurónios, em vez de formarem uma teia contínua, comunicam entre si através de ligações especializadas chamadas sinapses. Esta hipótese transformou-se na base da doutrina que indica que a unidade individual do sistema nervoso é o neurónio. Por este trabalho, Ramón y Cajal e Golgi compartilharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1906.


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