sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Química do cotidiano

A ciência, como um conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se dividida em várias disciplinas, que se relacionam entre si. Entre elas temos a Química, que estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos.

Podemos dizer que tudo à nossa volta é Química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação.

Desde muitos séculos se sabe que muitos materiais também podem emitir luz quando excitados. Isto ocorre quando os elétrons dos átomos absorvem energia e passam para níveis mais altos. Quando os elétrons voltam para os níveis mais baixos, liberam a diferença de energia. E esta liberação pode ocorrer na forma de emissão de luz.

Este fenômeno é usado, por exemplo, na confecção dos fogos de artifício. Quando os fabricantes desejam produzir fogos de artifício coloridos, misturam à pólvora compostos de certos elementos químicos apropriados, utilizam sais de diferentes metais na mistura explosiva (pólvora) para que, quando detonados, produzam cores diferentes. Para se obter a cor amarela, por exemplo, adicionam sódio (Na), para conseguir o vermelho-carmim, colocam estrôncio (Sr). Quando querem o azul-esverdeado, utilizam cobre (Cu). Desejando o verde, empregam o bário (Ba), se a cor desejada for a violeta, usam o potássio (K) e para o vermelho podem utilizar o cálcio (Ca). Na hora em que a pólvora explode, a energia produzida excita os elétrons desses átomos, ou seja, os elétrons "saltam" de níveis de menor energia (mais próximos do núcleo) para níveis de maior energia (mais distantes). Quando retornam aos níveis de menor energia, liberam a energia que absorveram, na forma de luz colorida.

As diferentes cores são observadas quando os elétrons dos íons metálicos retornam para níveis menores de energia (mais internos), emitindo radiações com a coloração característica de cada "salto" energético (diferentes comprimentos de onda).

Lembre-se do que acontece na sua cozinha, quando a água com sal do arroz escorre na panela e atinge a chama azul do fogo. Aparece uma coloração amarela bem forte. O sal de cozinha é o cloreto de sódio, e a cor característica do sódio é amarela.

Os luminosos de neônio (Ne) e as lâmpadas de vapor de sódio ou mercúrio (Hg), utilizadas em iluminação pública, são dispositivos baseados em tubos de raios catódicos. Estes tubos são ampolas de vidro com um gás no seu interior, a baixa pressão, e que possuem extremidades metálicas onde se aplica uma diferença de potencial elétrico. Eles são semelhantes aos tubos de imagem dos televisores. Nestes, há uma substância no estado gasoso, cujos elétrons são excitados por ação da corrente elétrica. Quando esses elétrons retornam, há a emissão e luz. Nos luminosos de gás neônio, a luz emitida é vermelha, e nas lâmpadas de vapor de sódio é amarela.

Alguns seres vivos possuem um interessante mecanismo em seus organismos: reações química utilizam a energia (proveniente dos alimentos) para excitar elétrons de alguns átomos. Quando os elétrons voltam ao estado fundamental, há emissão de luz. Esse fenômeno é chamado de bioluminescência.

O caso mais conhecido de bioluminescência é o dos vaga-lumes (ou pirilampos). Há evidências de que eles utilizam os sinais luminosos para se comunicarem com os parceiros do sexo oposto. A emissão de luz neste caso, tem portanto, finalidade relacionada ao acasalamento dos vaga-lumes. Há outras espécies de seres vivos (por exemplo, alguns fungos, algas, vermes e cnidários) que também apresentam bioluminescência, porém os cientistas ainda não esclareceram, em muitos casos, qual o papel que este fenômeno desempenha em suas vidas.

Alguns materiais, quando absorvem radiação, emitem de volta luz visível. Esse fenômeno é chamado genericamente de luminescência. Quando a emissão ocorre imediatamente após a incidência da radiação, o fenômeno é chamado de fluorescência. Se, por outro lado, a emissão demorar alguns segundos ou até mesmo algumas horas, chamamos de fosforescência. Portanto as lâmpadas são fluorescentes e os interruptores de luz são fosforescentes.

Podemos notar que a química está mesmo presente em tudo, desde a fabricação de fogos de artifício, até a comunicação entre os insetos. Este fenômenos aparentemente são bem diferentes mas, na realidade, utilizam as mesmas propriedades básicas da matéria como a espectroscopia, estrutura atômica, etc.

O ensino de Química deve ser um facilitador da leitura do mundo. Deve-se ensinar Química para permitir ao cidadão uma melhor interação com o mundo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A palavra química

Se há algo mal interpretado em conversas e textos é a palavra "química", utilizada tanto como substantivo quanto como adjetivo. Quem de nós nunca ouviu uma frase como "Esse produto contém muita química"? Minha pergunta é a seguinte. O que não contém química? Partindo do fato de que tudo é composto por átomos e que cada átomo é de um elemento químico, a única conclusão é que há química em absolutamente tudo!

Qualquer coisa, viva ou morta, orgânica ou inorgânica, tem sua origem em ligações ou reações químicas. Só estamos vivos porque nosso organismo é capaz de realizar reações. O vegetal que comemos na salada cresceu à base de reações e até a pedra que chutamos na calçada tem sua composição determinada por ligações ou reações químicas.

Afinal, o que queremos dizer com "contém muita química"? Que algo existe?

Você dirá que estou sendo radical e corporativista e que só estou defendendo a química para garantir a audiência deste site. Dirá que usamos essa frase para qualificar um produto como natural ou não. Tudo certo, mas rebaterei suas afirmações com o seguinte. O que podemos considerar natural? O que são os produtos e as substâncias que produzimos? Sobrenaturais? Não é natural que o homem promova reações químicas e busque novas tecnologias para melhorar sua vida? Se continuarmos nessa linha de raciocínio, teremos que admitir que morar em apartamentos, falar ao telefone ou utilizar um computador conectado à internet não é natural.

Radiação e radioatividade

Assim como no uso da palavra química cometemos equívocos, também nos equivocamos com uma série de outros termos, como radiação e radioatividade, por exemplo.

Radiação é uma forma de propagação de energia. Sentado agora na frente de seu monitor lendo este texto, você está exposto à radiação luminosa proveniente da tela. Muito provavelmente, também está exposto à radiação luminosa emitida por uma luminária e pela radiação térmica solar.

Radioatividade é a emissão espontânea de partículas ou de energia por um núcleo atômico. Como você vê, poderíamos colocar uma placa na praia com os dizeres "Proteja-se da radiação" e todos fugiriam, acreditando tratar-se de contaminação radioativa.

Falando ainda de radioatividade, podemos citar certos radiofármacos (medicamentos que possuem em sua composição isótopos radioativos), que são ministrados nos pacientes para a realização de alguns exames. Esse é o caso do mapeamento (ou cintilografia) da glândula tireóide, que utiliza o I-123 (isótopo 123 do iodo). Nesses casos, diz-se ao paciente que ele deve tomar um "contraste". Ninguém usa o termo radiofármaco ou medicamento radioativo.

Ditos populares

Temos que tomar alguns cuidados com os ditos e com a sabedoria popular, não apenas no tocante aos termos utilizados, mas também ao seu conteúdo. Quer um exemplo de incoerência popular? Todo mundo sabe que, quando alguém fica alcoolizado e precisa ser levado a um pronto-socorro, com certeza receberá "glicose na veia", certo? Ou seja, faz-se com que o paciente receba uma grande dose de açúcar. Só que quando nosso paciente, em vez de ir ao hospital, consegue voltar para casa, preparamos para ele um café forte e sem açúcar!

Pois bem, qual a utilidade de todo esse discurso que mais parece aula de português? Fazer você prestar bastante atenção aos termos que utiliza, para não usá-los de maneira incorreta. E também fazer você prestar atenção à sabedoria popular, que nem sempre expressa verdades científicas. Lembre-se de que, numa conversa informal, você corre o risco de parecer pedante ao utilizar terminologia técnica e preciosista, mas em uma prova de química a coisa pode ser bem diferente.

domingo, 21 de setembro de 2008

Cientistas britânicos relançam geladeira ecológica de Einstein



  • Projeto é baseado em patente registrada em 1930. Protótipo utiliza pressão de gases e não consome energia.

    Ao lado esquema do refrigerador no desenho original presente na patente pedida por Einstein

    Uma equipe de cientistas britânicos reconstruiu um protótipo de uma geladeira ecológica inventada pelo físico Albert Einstein em 1930, que tem a vantagem de não se alimentar de eletricidade.
    Os refrigeradores modernos são prejudiciais para o meio ambiente, pois funcionam mediante compressão e expansão dos gases fréons, que contribuem para intensificar o efeito estufa.
    Com o aumento do nível de vida em muitos países em desenvolvimento, cada vez mais refrigeradores são vendidos, o que amplia a chegada à atmosfera desses gases, mais prejudiciais que o dióxido de carbono.
    Na tentativa de amenizar essa situação, Malcolm McCulloch, um engenheiro elétrico de Oxford que se dedica às tecnologias ecologicamente corretas, coordena um projeto de três anos para o desenvolvimento de mecanismos que podem ser utilizados sem eletricidade, informou hoje o jornal "The Observer".
  • Pressão dos gases
    A equipe que dirige fabricou o protótipo de um refrigerador patenteado em 1930 pelo físico atômico húngaro Leo Szilard.
    O projeto, que só utilizava gases à pressão para congelar os alimentos, foi aplicado parcialmente nas primeiras geladeiras domésticas, mas a tecnologia foi abandonada quando outros compressores mais eficazes ganharam popularidade no meado do século passado.
    O modelo inventado por Einstein e Szilard não requer os gases fréons: usa apenas amoníaco, butano e água, e aproveita o fato de os líquidos ferverem a temperaturas inferiores quando a pressão do ar é menor.
    "No pico do monte Everest, a água ferve a uma temperatura muito inferior à do nível do mar", explica McCulloch.
    O aparelho contém um vaporizador, um recipiente que contém butano. "Caso se introduza vapor nele, a temperatura em que a água ferve diminui, e, com isso, rouba energia do entorno, o que produz o efeito de refrigeração", acrescenta o cientista.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

De acordo com o Instituto Blacksmith, os dez lugares mais poluídos do mundo são (por ordem alfabética):
  • Chernobyl, Ucrânia
  • Dzerzhinsk, Rússia
  • Haina, República Dominicana
  • Kabwe, Zâmbia
  • La Oroya, Peru
  • Linfen, China
  • Mailuu-Suu, Quirguistão
  • Norilsk, Rússia
  • Ranipet, Índia
  • Dalnegorsk e Rudnaya Pristan, Rússia

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Resumo das aulas

Hoje eu vou falar um breve resumo o que aconteceu nas aulas na primeira foi de geometria que foi explicação de assunto novo e no final da aula foi mandado uma tarefa, na segunda aula tivemos a volta do raimundinho que explicou sobre gerador eletrico, na terceira aula foi de geometria que foi a continuação do exercício, na quarta aula foi de português foi explicado o assunto e feito um exercício e na quinta aula foi do raimundinho que foi continuação do assunto.

Resumo das aulas

Para quem não veio para a aula ou não quis vir para a aula vou falar um breve resumo das aulas na primeira aula foi de português tivemos entregar da correção da prova e de uns testes na foi separado um grupo para fazer um trabalho e ainda na tivemos um exercício que foi recebido na mesma aula, na segunda aula foi de matenatica tivemos recebimento do exercício e correcção , na terceira aula foi de sociologia tivemos explicação do capitulo seis e entregar das provas, na quarta aula foi de espanhol tivemos uma brincadeira educativa e na quinta aula foi de biologia do arnaud jr. e teve explicação de assunto.

Poluição luminosa


Poluição luminosa é o tipo de poluição ocasionada pelo luz excessiva ou obstrusiva criada por humanos. A poluição luminosa interfere nos ecossistemas, causa efeitos negativas à saúde, ilumina a atmosfera das cidades, reduzindo a visibilidades das estrelas e interfere na observação astronômica.
Este tipo de poluição é considerado um efeito colateral da industrialização. A fonte de poluição neste caso consiste das luminárias internas e externas de residências e outros estabelecimentos, anúncios publicitários, iluminação viária, sinalização aérea e marítmica, bem como toda outra fonte artificial de luz. A poluição luminosa é mais intensa em áreas densamente povoadas e fortemente industrializadas na América do Norte, Europa e Japão.
Com os avanços das viagens espaciais privadas, a perspectiva de outdoors surgindo no futuro próximo tem levantado a preocupação que tais objetos possam se tornar uma nova fonte de poluição luminosa. A agência de aviação estadunidense, Federal Aviation Administration, deu permissão em maio de 2005 para a criação de uma lei proibindo anúncios "obstrusivos" na órbita da terra.
O termo é frequentemente confundido com poluição visual.